A acção de: Memorial do Convento tem início por volta de 1711, 3 anos depois do casamento de D. João V com D. Maria Ana Josefa de Áustria e termina 28 anos depois (1739), aquando da realização do auto-de-fé que determina a morte de António José da Silva, o Judeu, e de Baltasar Sete Sois.
A acção desenrola-se na primeira metade do séc. XVIII, período
Para travar estas novas ideologias, a Inquisição reforça, nesta época, o seu poder que estende a todos os sectores da sociedade. Ao Tribunal do Santo Ofício cabe o julgamento de vários tipos de crime e os autos-de-fé constituíam a melhor forma de exibir o poder inquisitorial.
Por sua vez, o convento liga-se ao sonho dos frades que aproveitam a oportunidade para terem um convento, pretexto para reflectir a magnificência da corte de D. João V e do poder absoluto, o que se contrapõe ao sacrifício e à opressão do povo que nele trabalhou, muitas vezes aniquilado para servir o sonho de seu rei.
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